Maior
público da história da Arena da Baixada, empate no tempo normal, pênalti
perdido na prorrogação... aconteceu de tudo na decisão da Copa Sul-Americana
entre Atlético Paranaense e Junior Barranquilla. Após empate por 1 a 1 no tempo
regulamentar e na prorrogação, Furacão venceu por 4 a 3, nos pênaltis, e
garante, pela primeira vez em sua história, o troféu de campeão da Sula. Com a
conquista inédita, o Rubro-Negro também garante vaga direta na fase de
grupos da próxima Libertadores da América, além da participação na Copa Suruga,
que reúne os campeões da Copa Sul-Americana e da J-League, e na Recopa
Sul-Americana, que acontece em fevereiro do próximo ano. Pablo coloca Furacão
em vantagem A partida iniciou como se espera de uma decisão. Muita intensidade,
equilibrio e estudo. O Atlético Paranaense, por jogar em casa, começou usando o
que tem de melhor: a velocidade de seus jogadores de frente. A primeira
oportunidade surgiu aos cinco minutos, em falta cobrada por Nikão, que desviou
no meio do caminho e foi para fora. Na sequência, Renan Lodi e Marcelo Cirino
também tentaram de fora da área, mas não acertaram a meta do goleiro Viera. A
primeira chegada dos colombianos surgiu aos 12 minutos. Téo Gutiérrez iniciou a
jogada no comando de ataque, girou e rolou para o meio. Barrera chegou batendo
firme, mas mandou por cima. O ritmo da partida acelerou, e, Atlético
e Junior, começaram a protagonizar um jogo franco, com possibilidades para os
dois lados. Aos 23, Renan Lodi acertou um bonito chute de fora, obrigando o
goleiro do Junior a fazer grande defesa. Pouco tempo depois, apareceu a estrela
do artilheiro Pablo. Após saída errada da defesa colombiana, Léo Pereira serviu
o camisa 5, que tabelou com Raphael Veiga e mandou na saída de Viera. Furacão
na frente. A equipe visitante não mostrou abatimento com o gol sofrido e foi em
busca do gol de empate. A equipe colombiana aumentou o volume de jogo no campo
de ataque. O Rubro-Negro, por sua vez, se defendia bem, mas encontrava
dificuldades para encaixar o contra-ataque para ampliar a vantagem na primeira
etapa. Junior empata, mas Atlético leva nos pênaltis Os comandados de Tiago
Nunes começaram a segunda etapa pressionando, e, antes do primeiro minuto,
quase marcou o segundo. Pablo recebeu em velocidade, invadiu a área e bateu
cruzado. Viera foi bem e mandou para escanteio. Do outro lado, a equipe
visitante tentava responder na mesma moeda. Aos oito, Luís Díaz fez jogada
individual, abriu espaço e finalizou firme. O goleiro Santos estava atento para
espalmar essa bola para fora. No entanto, o arqueiro do Furacão nada pôde fazer
quando Díaz cobrou escanteio, Gómez desviou e Téo Gutiérrez, sempre ele, testou
para o fundo das redes, deixando tudo igual na Arena da Baixada. Por pouco não
veio a virada no lance seguinte. Téo puxou contra-ataque, passou para
Díaz, que deixou Cantillo na cara do gol. O camisa 24 caprichou demais e acabou
finalizando rente à trave. Os colombianos passaram a tomar conta do jogo.
Díaz, Gutiérrez e Barrera tiveram chances, mas desperdiçaram. A tentativa de
reação paranaense veio com Pablo, mas o atacante teve sua finalização desviada.
O Furacão melhorou na partida e equilibrou as ações. Nos acréscimos, Nikão, por
duas vezes, tentou concluir, mas não conseguiu evitar que a partida fosse para
a prorrogação. Na primeira parte do tempo extra, muita tensão de ambas as
partes. O Atlético procurava a velocidade de Rony pelas beiradas, enquanto
a equipe de Barranquilla se fechava à espera de uma oportunidade. Nos
últimos 15 minutos a história da decisão ficou ainda mais emocionante. Yony
González foi derrubado por Santos na área. Pênalti para os colombianos. Na
cobrança, Barrera tentou acertar o ângulo, mas isolou. Incrível! Bergson, do
Furacão, quase evitou as penalidades, mas o chute foi defendido por Viera, com
a ponta dos dedos. Na disputa por pênaltis, o Atlético Paranaense contou com a
imprecisão nas cobranças do Junior, que desperdiçou com Fuentes e Téo
Gutiérrez. E mesmo com o pênalti perdido por Renan Lodi, Thiago
Heleno foi responsável pelo gol que selou o primeiro título internacional da
história do Furacão. 4 a 3 nos penais, e muita festa na Arena da Baixada.
Texto retirado de ogol.com.br