Após uma reunião promovida pela CBF entre 40 clubes das
Séries A e B do Brasileirão e a Comissão de Arbitragem a presidente do
Palmeiras, Leila Pereira conversou com a imprensa e mostrou indignação diante
dos últimos fatos ocorridos no Campeonato Brasileiro e principalmente na Copa
do Brasil.
Ela voltou a reclamar do erro no procedimento do VAR no jogo
contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. “Retiraram o direito do Verdão de
seguir na disputa pelo título da competição. Vim conversar com o presidente
Ednaldo, participar desta reunião, para mostrar a minha indignação, minha
revolta, do Palmeiras e dos nossos milhões de torcedores. Mas principalmente do
futebol brasileiro. O que ocorreu com o Palmeiras é inadmissível. De outro
lado, me sinto também impotente. O que a presidente pode fazer? Estou aqui hoje
pleiteando que este fato sirva como divisor de águas para o futebol brasileiro.
Que isso não volte a acontecer. Retiraram o direito do Palmeiras de participar
de um campeonato extremamente importante, um prejuízo milionário, um prejuízo
esportivo. Como investidora, fico muito preocupada. O que o investidor procura?
Credibilidade. Mas sem credibilidade, você não tem investidor”, declarou.
Durante a entrevista após a reunião na CBF, Leila Pereira
afirmou que os erros de arbitragem não podem ser banalizados. A mandatária
palmeirense destacou ainda que os responsáveis precisam ser punidos. E por fim,
a empresária dona da Crefisa e da FAM aproveitou para alfinetar a entidade
máxima do futebol brasileiro.
— Não podemos banalizar o erro. Não pode errar. O erro tem
que ser exceção. Pelo que eu vejo, as pessoas tratam com muita banalidade, mas
não pode ser assim. O árbitro não pode errar. E se errar, todavia que seja
punido. Tudo bem, alguns erros merecem reciclagem, treinamento profissional.
Outros erros, não, merecem ser punido — disse Leila.
— Fez uma apresentação muito bonita de Power Point. Mas
quando eu administro o Palmeiras, quando tenho que pagar as contas, não é com
Power Point, é com atitude. No Power Point, tudo é possível. Agora eu quero
ver. O futuro nos dirá se tudo o que foi apresentado aqui, na prática, vai
funcionar. Sem punição, as coisas não acontecem. Qual a punição? Tem que ser
desligado, tem que ser demitido. Não queremos a profissionalização do futebol?
O que acontecer em qualquer empresa? Dependendo do erro, é demitido — completou
a presidente do Verdão.