Morre Pelé, o Rei do Futebol
Aos oitenta e dois anos o mundo perde seu maior símbolo
quando se fala em esporte.
Faleceu em São Paulo o Rei do Futebol...morre Pelé.
Foram dias de expectativa, orações e sentimentos que tomaram
o planeta. Quis o destino que em meio a isso acontecesse uma Copa do Mundo,
maior evento do futebol em todo o mundo e lá em Doha no Catar eu pude
presenciar homenagens que foram feitas pelos mais diversos povos. Pessoas que
em sua absoluta maioria não o viram jogar, porém sabiam o tamanho e a
importância que Pelé teve para o futebol.
Ídolo maior de uma nação, mas muito maior que isso foi o Rei
Pelé.
Ele enquanto jogador pode desfilar pelos campos do mundo o
talento que Deus o presenteou e por conta disso colecionou números títulos que
são eternos e extremamente relevantes.
Pelé foi campeão mundial com apenas 17 anos, foi o único a
vencer 3 Copas do Mundo, fez mais de 1.200 gols ao longo de sua carreira
profissional de 22 anos (1956 a 1977), ganhou 7 Bolas de Ouro, foi eleito o Jogador
do Século pela FIFA e o Atleta do Século pelo jornal francês “L’Equipe”. Pelé
ganhou uma infinidade de campeonatos e torneios ao longo desses 22 anos. Era uma
celebridade mundial, conhecido, aplaudido e reverenciado por celebridades
internacionais de todas as áreas. Foi recebido por papas, presidentes de
países, reis e atletas de todas as modalidades.
Este foi Pelé.
Um mineirinho discreto que honrou a tradição de seu estado e
devagarzinho foi conquistando espaço até o momento em que nem ele imaginava
chegar. Mesmo assim sempre teve sobriedade para lidar com a responsabilidade
que sua importância carregava. Pensava nos mais humildes, naqueles que eram
mais vulneráveis e jamais se furtou de colaborar com sua imagem para causas
sociais em todo o mundo.
Soube amar o Santos Futebol Clube e a seleção brasileira sem
que perdesse o respeito e a devoção de todos os outros clubes ou países. Pelé sempre
esteve a frente do seu tempo. Desde um raciocínio rápido e inesperado pelos
seus marcadores a respostas diretas e conciliadoras para através da sua
presença buscar sanar problemas ou diferenças.
Mas infelizmente as partidas chegam a um fim e aqui na terra
ouvimos hoje o apito final da passagem terrena deste que foi o maior embaixador
da República Federativa do Brasil em todos os tempos. Deste que foi o maior
símbolo do esporte futebol em todo o planeta.
Bem, Pelé parte em carne, mas em coração e legado o homem
que veio da cidade de Três Corações será absolutamente ETERNO.
Sempre será reverenciado e sua obra estará sempre viva no
coração de todos aqueles que amam o esporte.
Dos seus 1282 gols que jamais esqueceremos, ou simplesmente
do milésimo em 1969 no estádio do Maracanã, dos golaços que fez em Copas do
Mundo ou daqueles lances emblemáticos que o gol não veio, mas são tão mágicos
quanto os lances marcados, das suas palavras sempre buscando a paz mundial o
mesmo o LOVE em sua despedida nos Estados Unidos, do Edson cantor do ABC ou do
Edson ator em filmes, programas e novelas.
Que orgulho podermos ter tantos “Pelés” para eternizar tantas
coisas.
Estive ao lado dele em alguns eventos esportivos e
particularmente admito que jamais me coloquei tão nervoso diante de outra
pessoa. Ele era diferente, assim como sua mãe que se chama Celeste, Pelé era
sim “Celestial”. Trazia uma energia diferente e mesmo diante da sua postura
humilde e simpática era impossível ficar tranquilo e a vontade diante de tal
realeza.
Em 2012 consegui fazer uma foto ao lado dele exatamente no
gramado da Vila Belmiro, local que ele mais gostava de atuar e encantar ao
mundo e espaço que sediará seu velório.
Diante de símbolos, sentimentos e significados eu deixo a mensagem
de gratidão e orgulho de ser brasileiro assim como Pelé.
Descanse em paz Rei !!!
Luciano Luiz