Saúde e Educação iniciam os testes visuais

São Caetano do Sul

03/06/2023  

Nesta quarta-feira (31/5), cerca de 100 alunos da EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Olyntho Voltarelli Filho, no Bairro Oswaldo Cruz, em São Caetano do Sul, passaram por testes de acuidade visual.  “Hoje mesmo já detectamos algumas crianças com dificuldade de leitura. É uma iniciativa muito importante porque a dificuldade visual afeta o desempenho dos alunos e reflete no aprendizado”, explicou a orientadora pedagógica Daniela Lopes Bitiano Santos. A unidade conta com 600 alunos e, em até quatro dias, concluirá todos os testes de visão. 

“Tive só um pouquinho de dificuldade para fazer a leitura. Eu já uso óculos há dois anos e tenho quatro graus. Lembro que quando comecei a usar óculos, não usava direito e o grau aumentava sempre”, afirmou Giovane Silva Correia, 12 anos.

Maria Victoria Achkar Filtrante, 11 anos, também já usa óculos, desde os seis anos de idade. “Em fevereiro fui ao oftalmologista, estava com três graus no direito e dois e meio no esquerdo. Hoje, fazendo o teste, enxerguei só até a quinta linha,  me esforçando. Acho que preciso voltar ao médico”. 

Mai Hiyane de Rezende Falk, 11 anos, disse que embora tenha os óculos em casa, poucas vezes os leva para escola e, por isso, teve bastante dificuldade para fazer o teste. “Eu tenho menos de um grau nas vistas, por isso, quase nunca estou com os óculos. Enxerguei até a quarta linha com o olho esquerdo e a terceira com o direito”, explicou. 

Os testes visuais estão sendo realizados no âmbito do Programa Saúde na Escola, em parceria pela Sesaud (Secretaria de Saúde) e Seeduc (Secretaria de Educação). Numa primeira etapa da ação, em março, a Sesaud fez a capacitação de 40  orientadores e coordenadores das escolas de Ensino Fundamental para coordenarem os testes iniciais de acuidade visual nas unidades escolares. 

Nas capacitações, o oftalmologista Vagner Loduca falou sobre deficiência visual, cegueira, baixas de visão e como utilizar as tabelas de acuidade visual para a realização da triagem nas escolas. “Os professores têm contato direto com as crianças, percebem sinais de desatenção e tudo pode estar ligado a baixa visão. A primeira triagem é fundamental para levantar casos que precisarão ser investigados pela equipe de oftalmologia."

Esses testes começaram em maio para atender os 11 mil alunos do Ensino Fundamental I e II (1º ao 9º ano), nas 20 escolas que atendem essa faixa etária. Após a triagem, serão realizados mutirões no Hospital de Olhos para todos os alunos que tiverem alterações. E, na última fase do projeto, os alunos que necessitarem receberão óculos. 

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