Scheidt veleja no top 5, sobe 25 posições

Esporte

05/07/2019  

Robert Scheidt sobe 25 posições e agora ocupa a sétima colocação na classificação geral do Mundial da Classe Laser. Na madrugada desta sexta-feira (5) - pelo horário de Brasília -, em Sakaiminato, no Japão, aproveitou o aumento da velocidade do vento para figurar em top 5 nas duas regatas do segundo dia de disputas. Com o 4° e o 3° lugares e a entrada do descarte, passou da 32ª para a 7ª posição, com 10 pontos perdidos. Com o resultado, o bicampeão olímpico fica mais perto da vaga para representar o Brasil nos Jogos de Tóquio/2020. Para isso, precisa terminar entre os 18 melhores do campeonato que reúne 160 barcos de 58 países.

“A sexta-feira foi diferente em relação ao primeiro dia. Tivemos mais vento, com cerca de 15 nós, e duas regatas bem técnicas e muito físicas. Consegui imprimir uma boa velocidade e estou contente com a maneira como velejei. O importante agora manter a regularidade e a concentração para as provas deste sábado (6), último dia da fase classificatória. Dei um bom passo importante para chegar até a flotilha ouro e seguir na luta. Vamos em frente“, relatou Scheidt, que é patrocinado por Banco do Brasil e Rolex e conta com o apoio do COB e CBVela.

O segundo dia de disputas em Sakaiminato mostra um dos principais diferenciais de Scheidt: a regularidade. Após uma estreia irregular, na quinta-feira (4), quando oscilou entre um 27° na regata inicial para chegar em terceiro na sequência, o experiente velejador brasileiro garantiu o top 5 nas duas disputas da sexta. Se carimbar o passaporte parta Tóquio/2020, Robert será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo, e irá em busca da sexta medalha, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000).

Na luta para disputar sua sétima Olimpíada, Scheidt ampliou a vantagem em relação aos outros três brasileiros que estão no Japão. Com a sétima colocação na classificação geral, com 10 pontos perdidos, a diferença do bicampeão olímpico é de 38 posições em relação a João Pedro Souto de Oliveira (ele ocupa o 45° lugar, com 43 pontos perdidos); de 44 posições para Bruno Fontes (51ª posição no geral, com 48pp) e 52 diante de Philipp Grochtmann (59°, com 53pp).

Regras - De acordo com o critério estabelecido pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a definição do representante nacional na classe Laser é uma disputa direta, com linha de corte definida. Ou seja, para se classificar, o velejador deve ser o mais bem colocado neste Mundial, contanto que esteja dentro do top 18 da competição. Contudo, o passaporte ainda não estará carimbado. Ele só perderá essa possível vaga se outro atleta do Brasil for medalhista no Evento-Teste de Enoshima/2019 ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.

O Campeonato Mundial será a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser. Entre o final de março e início de maio, disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. O brasileiro tem apresentado evolução constante na classe Laser. Em ambas as disputas, ficou a apenas uma posição da medal race. Além disso, Robert chegou para o Campeonato Mundial de Sakaiminato embalado pelo título europeu da classe Star.

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star) 

181 títulos - 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.

Laser
- Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
- Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
- Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
- Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

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