Em meio a uma crise financeira e institucional, o Corinthians pode estar prestes a fechar um acordo milionário. O clube negocia com a empresa de apostas Betano, que avalia a possibilidade de se tornar a patrocinadora máster da equipe e assumir os naming rights da Neo Química Arena. As conversas estão em andamento, e a expectativa nos bastidores é de que uma oferta formal seja apresentada em breve.
A estratégia de unir as duas propriedades comerciais não é nova para a diretoria corintiana. A ideia é negociar o pacote de forma conjunta, aproveitando a queda no valor das multas rescisórias dos contratos atuais. Desde o início de setembro, a multa do naming rights da Arena, que antes era de R$ 123,2 milhões, caiu para cerca de R$ 70 milhões. No caso do uniforme, o vínculo com a Esportes da Sorte prevê que, a partir de outubro, a multa de R$ 100 milhões caia para aproximadamente R$ 40 milhões, tornando a negociação mais viável.
O interesse da Betano não surpreende. A empresa, que já fechou um dos maiores contratos de patrocínio do futebol brasileiro com o Flamengo, com valores na casa dos R$ 268 milhões anuais, agora busca expandir sua presença. No entanto, o Corinthians, fragilizado por questões políticas e financeiras, deve receber uma proposta com valores menores do que os do clube carioca.
Ainda que com dificuldades, a diretoria do Corinthians tem se mostrado cautelosa. Uma oferta anterior para o pacote de naming rights e patrocínio máster chegou à mesa da diretoria, mas foi recusada por estar muito abaixo do patamar considerado aceitável pelo clube. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre a necessidade urgente de receita e a busca por um valor que reflita o peso da marca no mercado.
