s substituições de Mano Menezes foram vitais para o Fluminense abrir vantagem sobre o Atlético-MG nas quartas de final da Libertadores. Com jogada de duas apostas que vieram do banco de reservas, o atual campeão viu Lima concluir cruzamento de Keno e definir o 1 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, no fim da partida. A definição ocorre na próxima quarta-feira, na Arena MRV, em Belo Horizonte.
Enquanto o Fluminense apostará na força do elenco pelo simples empate para avançar à semifinal, quebrar o jejum de jamais ter vencido um mata-mata do rival e ficar ainda mais perto da defesa do título, os mineiros têm sua campanha perfeita em casa como arma.
Com casa cheia em Belo Horizonte daqui uma semana, o Atlético-MG aposta em reviravolta na série. Atuando na Arena MRV, a equipe tem 100% de aproveitamento na atual edição da Libertadores. Foram quatro jogos e somente vitórias, com 2 a 1 no Rosario Central, 3 a 2 no Peñarol e 4 a 0 no Caracas na primeira fase, além do 1 a 0 no San Lorenzo nas quartas de final após empate na Argentina.
O Fluminense necessita apenas de uma igualdade, enquanto uma vitória mineira por um gol de diferença leva a definição aos pênaltis. Os cariocas já ha viam passado pelo Grêmio na rodada anterior nas penalidades, após dois resultados iguais: 2 a 1 aos gaúchos no Sul e devolução do placar no Maracanã.
O Fluminense entrou em campo com um duro retrospecto de jamais ter eliminado os mineiros em confrontos mata-matas na história. Foram quatro derrotas. Abrir vantagem em casa, portanto, era necessário para ter mais tranquilidade em Belo Horizonte, daqui uma semana.
Mano Menezes optou por jogadores com mais vigor físico e deixou Marcelo, Renato Augusto e Cano, recuperados de lesão, na reserva. Já Gabriel Milito surpreendeu. Sem Saravia, trocou o esquema e utilizou três zagueiros, com Scarpa (recebeu vaias a cada toque na bola) improvisado como ala pela direita.
Mesmo triste com a direção do Fluminense por não ter aceitado negociá-lo com o futebol europeu, o colombiano Arias era a grande esperança de algo diferente ao buscar sempre fazer algo inovador na frente.
Em jogo aberto e no famoso lá e cá, o zagueiro Thiago Silva viu sua cabeçada passar perto e não escondeu a frustração pela falha. Ainda lamentou a jogada que começou com Arias terminar com furada de Serna.
O Fluminense desperdiçou boas chances de abrir o marcador e quase foi castigado de imediato com Hulk batendo forte para defesa difícil de Fábio. Para piorar, o capitão Thiago Silva começou a mancar em campo acusando uma lesão. Aguentou até o intervalo para alívio de Mano Menezes. Os cariocas foram melhores nos 45 minutos, mas não souberam aproveitar as oportunidades.
O capitão tricolor não retornou para a etapa final. Com muito custo, demonstrando que a lesão não era tão simples, voltou ao banco de reservas para acompanhar e incentivar os companheiros.
Sem seu pilar defensivo, o Fluminense voltou menos ousado e Hulk novamente exigiu defesa de Fábio. Os mandantes voltaram sem força ofensiva e Mano acabou tendo de mexer. A torcida comemorou como se fosse um gol quando Cano foi chamado. O artilheiro voltou após quase dois meses de ausência.
Diante de um oponente que não conseguia “inflamar” a torcida com um grande lance, o Atlético-MG tinha vida tranquila em campo. Não corria riscos e se lançava só na boa, ciente de sua força na Arena MVR pela Libertadores. O passar do tempo agradava Milito, que fazia apenas trocas pontuais para manter a estratégia. E, mesmo assim, chegando bem. Paulinho saiu em condições após lançamento de Hulk e não aproveitou.
Eis que os substitutos de Mano Menezes entraram em ação, para choro de felicidade de Thiago Silva no banco de reservas. Keno foi à linha de fundo e cruzou para Lima, entre os defensores, cabecear e superar o goleiro Ederson. Em jogo complicado, os cariocas chegaram à vitória aos 42 minutos.