Ainda sem Neymar, que passou o Brasileirão mais machucado do que em campo, o Santos voltou a perder. Desta vez caiu diante do Ceará, por 3 a 0, neste domingo à noite, na Arena Castelão, na capital cearense. Os gols do Vovô foram marcados por Lucas Mugni, Pedro Henrique e Fernando Sobral.
Esta foi a 12ª derrota do Peixe, que soma apenas 28 pontos, ocupa a 16ª posição e continua flertando com o rebaixamento para a Série B, de onde veio ano passado ao ser campeão. O novato Ceará, que também veio da Série B, mantém uma campanha mais consistente, com 34 pontos e na 10ª posição.
Com o resultado, o Ceará subiu para o décimo lugar, com 34 pontos, cada vez mais longe da zona de rebaixamento. O Santos, por sua vez, fica em situação perigosa, no 16º lugar, com 28. O Vitória, primeiro dentro da degola, tem 25.
A ausência de Neymar continua sendo um peso visível. O camisa 10, em recuperação de uma lesão grau 2 no músculo reto femoral da coxa direita, acompanhou o jogo de casa, enquanto segue tratamento. Desde que o atacante se afastou, o Santos perdeu mobilidade no ataque e criatividade na ligação entre meio e frente.
O início da partida foi um retrato da desorganização santista. O Ceará partiu com tudo e, logo no primeiro minuto, acertou o travessão em chute de Dieguinho. Pouco depois, Lucas Mugni aproveitou rebote e marcou o gol que abriu caminho para o domínio da equipe da casa.
A resposta do Santos foi tímida. Com posse de bola previsível e pouca profundidade, o time chegou apenas em lances isolados. Rollheiser, em cobrança de falta, acertou o travessão e protagonizou o único momento de real perigo antes do intervalo.
Vojvoda tentou mudar o cenário no segundo tempo ao lançar Barreal para dar mais movimentação. O Santos até ganhou volume, explorou mais o lado direito com Igor Vinícius, mas continuou esbarrando na lentidão para finalizar e na falta de sintonia entre os homens de frente. O Ceará, mais equilibrado, esperou o momento certo para definir o placar. Léo Condé colocou Vina e Pedro Henrique, que em sua primeira participação completou cruzamento de Galeano e fez o segundo gol, aos 20 minutos, frustrando qualquer tentativa de reação do time paulista.
A partir daí, o Santos se lançou ao ataque, mas sem organização. As substituições de Vojvoda não surtiram efeito, e o time passou a abusar dos cruzamentos, facilmente neutralizados pela defesa adversária. Quem tentou algo diferente foi Rollheiser. O meia teve algumas oportunidades, mas parou no goleiro Bruno Ferreira, um dos destaques do duelo.
O setor defensivo também voltou a preocupar. A marcação em linha alta deu espaços, e a transição lenta permitiu contra-ataques perigosos, a exemplo de Pedro Henrique, que acertou a trave. A vulnerabilidade coletiva expôs novamente a falta de solidez que acompanha a equipe no campeonato e ficou mais evidente aos 48, quando Fernando Sobral acertou um lindo chute e deu números finais ao embate.
Sem Neymar e sem soluções criativas, o Santos parece cada vez mais dependente de lampejos individuais. A recuperação do camisa 10, prevista apenas para novembro, tornou-se uma urgência esportiva para a equipe que começa a enxergar o pesadelo de um novo rebaixamento ficar cada vez mais perto de se tornar uma realidade.
Ceará e Santos voltam a campo após a Data Fifa. Na quarta-feira, dia 15, o Ceará enfrenta o Sport, às 20h, na Ilha do Retiro, em Recife (PE). Já o Santos faz o clássico com o Corinthians, às 21h30, na Vila Belmiro, em Santos (SP).
