Milhares de israelenses, em especial os familiares dos reféns detidos em Gaza, reuniram-se em Tel Aviv nesta quinta-feira (9) em um momento de profunda emoção, oração e alívio após o anúncio de um acordo que avança para um cessar-fogo e a libertação de sequestrados.
A notícia do pacto, intermediado por países como Estados Unidos, Catar e Egito, trouxe esperança de que o longo período de suspense chegue ao fim. A praça que se tornou o ponto de encontro das famílias dos reféns foi palco de manifestações que misturaram alegria espontânea, ansiedade e lágrimas.
"Esperamos por este dia há 734 dias," afirmou um familiar presente na manifestação. Outros descreveram o sentimento como uma alegria indescritível e um imenso alívio, embora a emoção fosse mesclada com a tristeza pelas famílias cujos entes não retornarão.
O acordo em questão, cuja primeira fase foi confirmada por ambas as partes e pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, prevê a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. A troca deve começar nos próximos dias, com a imprensa israelense apontando o sábado como possível início da liberação dos reféns ainda vivos.
Ainda que o gabinete de segurança de Israel estivesse reunido para discutir a aprovação final do pacto, o exército israelense confirmou a retirada de tropas para uma linha previamente acordada. O cessar-fogo visa não apenas a troca de prisioneiros, mas também a abertura de passagem para a entrada de ajuda humanitária urgente na Faixa de Gaza.
A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, enquanto em Tel Aviv a população se agarra à promessa do retorno dos sequestrados e ao vislumbre de uma trégua na região.
