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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025
A falta de união dos dirigentes impede o fim do ciclo de erros na arbitragem nacional.

Esportes

A falta de união dos dirigentes impede o fim do ciclo de erros na arbitragem nacional.

Por Luciano Luiz

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O futebol brasileiro vive um eterno ciclo vicioso de erros de arbitragem, e o que é mais preocupante não é a falibilidade humana dos juízes, mas a patética e calculada inação dos presidentes e gestores dos clubes. A cada rodada, testemunhamos a mesma peça teatral: dirigentes bradam contra o sistema quando seus times são prejudicados, mas vestem o silêncio e a complacência mais absoluta quando são beneficiados por um erro grosseiro. Essa hipocrisia crônica é o verdadeiro fator que impede a evolução da nossa arbitragem.

A postura não é de defesa da isonomia esportiva, mas sim de conveniência. O dirigente brasileiro parece operar sob o código da omertà (o pacto de silêncio), onde a reclamação só é válida se servir aos próprios interesses. Se um pênalti inexistente garante três pontos à sua equipe, a diretoria se faz de muda, relativiza a jogada ou, na melhor das hipóteses, elogia a "sorte do campeão". Se o erro ocorre contra, a mesma pessoa convoca coletivas de imprensa, exige punições severas e clama por moralização.

Essa falta de união institucional é o que mantém a arbitragem refém da pressão e da desconfiança. Se os 20 clubes da Série A se unissem de forma coesa e permanente para exigir transparência, profissionalização, e mecanismos de fiscalização imparciais independentemente de quem foi beneficiado ou prejudicado na rodada anterior, o cenário seria outro. A única coisa que os gestores conseguem unir é a urgência por dinheiro, não a luta por justiça no campo.

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Enquanto a única "moral" dos presidentes for a tabela de classificação e o dinheiro que ela gera, seremos condenados a um campeonato onde o resultado muitas vezes parece moldado pelo erro. A arbitragem brasileira precisa de uma reforma profunda, com capacitação, remuneração e, acima de tudo, independência. Mas essa independência só virá quando os próprios dirigentes demonstrarem, com atitudes e não apenas com discursos seletivos, que estão dispostos a defender a integridade do jogo, mesmo que isso custe um ponto em uma rodada crucial. Até lá, continuaremos presos a essa lamentável ciranda de erros e silêncios oportunistas.

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