Não foi uma noite para se esquecer, mas sim uma noite onde ficou absolutamente claro o nível que a seleção brasileira se encontra.
O 4x1 para a Argentina no estádio Monumental de Núñez em Buenos Aires foi a pior derrota do Brasil na história das eliminatórias sul-americanas. E pior que números e o resultado histórico foi a atuação do time.
Uma equipe que se mostrou inferior desde o primeiro lance da partida, onde os atletas em nenhum momento mostraram organização tática e técnica, além de uma total falta de concentração e entrega.
Por mais duro que seja admitir isso, a Argentina hoje se encontra muito acima do Brasil em organização e comprometimento e a goleada por 4x1 acabou saindo barata diante da disparidade técnica entre as duas seleções.
De um lado vimos um time que ostenta o título de serem os atuais campeões mundiais e do outro uma seleção que segue sem identidade e perspectivas de melhora.
Entendo que a polêmica declaração do atacante Raphinha para o ex atleta Romário tenha servido somente para deixar a Argentina ainda mais superior do que o Brasil, pois se não bastasse terem uma equipe mais equilibrada, ainda buscaram na raça um diferencial que extrapolou os limites de uma eventual competitividade em campo.
Quando vejo a possibilidade real de uma possível troca de comando da seleção brasileira eu avalio que realmente não temos argumentos para defender a permanência do Dorival Junior, porém a carência de nomes é tão gigante quanto a distância entre Brasil e Argentina na atualidade.
Hoje temos um sistema em torno da seleção que não passa nenhuma credibilidade e segurança para que um profissional sério queira assumir o desafio de reconduzir o país ao patamar que conquistou pela história.
Nossos atletas são cada vez mais desconectados da real importância de defender a camisa amarela. Suas ações dentro e fora do campo evidenciam um momento onde a vaidade é muito mais presente que a gana de honrar uma nação e a trajetória gloriosa da seleção brasileira.
Sei que estaremos classificados para a Copa do Mundo. Em nenhum momento cogitei a possibilidade de ficarmos de fora, mas o sentimento é que no primeiro confronto eliminatório com uma equipe de média para boa seremos novamente eliminados da competição.
Vamos agora lamentar o vexame histórico e entender que realmente se não houver um grande processo de reestruturação na gestão da CBF em todos as esferas seguiremos agonizando e colecionando decepções e talvez ainda maiores que as que estamos presenciando atualmente.